Implante subcutâneo funciona como micro-laboratório
Um grupo de cientistas da École Polytechnique Fédérale de Lausanne estão a desenvolver um implante subcutâneo, que poderá ser útil na monitorização de pacientes em tratamento de quimioterapia ou portadores de doenças crónicas.
Este micro-aparelho é um minúsculo laboratório de análises sanguíneas colocado sob a pele e que envia os resultados para o ‘smartphone’ do paciente ou do próprio médico.
“Os humanos são verdadeiras fábricas de químicos. Fabricamos milhares de substâncias e transportamo-las no nosso sangue através do nosso corpo. Algumas dessas substâncias podem ser usadas como indicadores da nossa saúde”, pode ler-se no texto de apresentação da investigação.
A equipa suíça afirma que o ‘gadget’ mede cerca de 14 milímetros e transmite informação através de sinais rádio e tecnologia ‘bluetooth’. A ideia é que o minúsculo dispositivo seja colocado junto ao tecido intersticial com a ajuda de uma agulha, podendo permanecer no corpo sem qualquer tipo de manutenção durante vários meses.
“Este método permitirá fazer um diagnóstico muito mais personalizado do que os tradicionais testes sanguíneos”, assegura a equipa de cientistas liderada por Giovanni de Micheli e Sandro Carrara.
O implante pode tornar-se numa ferramenta essencial para a monitorização de doenças crónicas e também para tratamentos de quimioterapia. “Actualmente, os oncologistas fazem testes sanguíneos ocasionais para avaliar a tolerância dos doentes a determinados tratamentos. Nesses casos é muito difícil determinar a dose certa”.
3 Abril 2013
Atualidade