SPO alerta para os perigos do olho seco
A vulgarmente conhecida doença do olho seco pode estar a expandir-se, tendo já afetado 20 por cento da população portuguesa.
O presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), Paulo Torres, explica que esta doença é, em muitos casos, consequência “da diminuição da produção de lágrimas, da deficiência de alguns dos seus componentes e da maior evaporação da lágrima, esta última relacionada com a diminuição do pestanejo reflexo”.
Considera ainda que o “estado de atenção que se aplica nas tarefas que se realizam ao perto, como o trabalho com monitores de computadores ou ecrãs de jogos, fazem com que haja uma diminuição do reflexo do pestanejo, com uma maior evaporação da lágrima e um menor recobrimento da superfície ocular pelo filme lacrimal.
Assim, a superfície ocular fica mais exposta e torna-se mais vulnerável à inflamação, levando ao aparecimento das queixas típicas acima descritas.
O olho seco está também relacionado com outros fatores, nomeadamente o envelhecimento natural, alterações hormonais como na menopausa da mulher, tabagismo, alcoolismo, cirurgias oculares, uso prolongado de lentes de contacto e a exposição prolongada a meios ambientes pessoais e ou profissionais agressivos (ventos, poeiras, ambientes secos e refrigerados)”.
Pode ser também manifestações de doenças sistémicas, como as do foro imunológico como artrite, lúpus, entre outras, diabetes e medicação.
O tratamento consiste no uso de lágrimas artificiais, disponíveis nas farmácias.
Em qualquer dos casos, é sempre recomendável a visita a um oftalmologista.
7 Fevereiro 2014
Atualidade