Oftalmologista condenado
O oftalmologista Franciscus Versteeg, responsável pela clínica “low-cost” I-Qmed, foi condenado a quatro anos e 18 meses de pena suspensa no dia 22 de janeiro.
O holandês foi condenado pelo coletivo de juízes do Tribunal de Portimão, por ofensas à integridade física e negligência agravada que afetaram a visão de Valdelene Aparecida, Leopoldina Rosa, Ernesto Barradas e Michael Donovan, em 2010.
Em causa estão três operações às cataratas e uma para tratar miopia em ambos os olhos. Três destes pacientes ficaram cegos de um dos olhos, enquanto um ficou completamente cego.
A razão prende-se numa infeção bacterial, tendo sido provado que a sua origem recaiu nos poucos cuidados tomados no pós-operatório.
Como responsável pela clínica, Franciscus Versteeg deveria ter encaminhado os pacientes para hospitais de referência assim que se detetaram as infeções. Porém, não se apurou ao certo a fonte da infeção.
Ainda, no prazo de 18 meses, deve pagar 15.120 euros ao Centro Hospitalar de Lisboa Central e, também, 5.000 euros ao Centro Helen Keller no prazo de 24 meses.
O mesmo tribunal condenou um outro funcionário da I-Qmed a 10 meses de prisão, por ter exercido atos de enfermagem para os quais não estava habilitado. A execução da pena é suspensa caso pague, no prazo de um ano, 5.000 euros aos Bombeiros Voluntários da Lagoa.
A I-Qmed encerrou pouco tempo depois de se tornarem públicos os casos de negligência, ao ponto de Franciscus Versteeg ter regressado à Holanda e não ter comparecido à sessão do tribunal que ditou a sua condenação.
23 Janeiro 2015
Atualidade