Edição de genes poderá travar cegueira
Investigadores do Cedars-Sinai Board of Governors Regenerative Medicine Institute em Los Angeles, Estados Unidos da América, estão a desenvolver uma máquina de alteração de ADN. O estudo foi publicado no jornal Molecular Therapy.
Através da ténica CRISPR (Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeat)/Cas9), estimam conseguir retirar o gene responsável pela cegueira. Por enquanto, o teste envolveu apenas ratos de laboratório, mas o próximo passo são os testes clínicos.
“Os nossos dados revelam que, com mais desenvolvimento, é possível utilizar esta técnica de edição de genes para tratar retinite pigmentosa em pacientes”, disse Shaomei Wang, um dos profissionais envolvidos no projeto.
Sinteticamente, a técnica consiste na inserção de um organismo que atua consoante uma bactéria, que copia parte do código genético do hóspede, numa sequência de ácido ribonucleico, para atuar como mensageiro das instruções desse mesmo código. Quando o organismo opressor riposta, como um vírus, o ácido liga-se à proteína Cas9, que desativa o gene malfeitor.
Na investigação, os cientistas usaram este método para remover as células opressoras fotorrecetoras. Concluiu-se que os ratos passaram a ver melhor, reconhecendo mais padrões de luz e reagiram com mais precisão a movimentos bruscos após os verem.
12 Janeiro 2016
Atualidade