“O olho é a janela do corpo”
Rosa Salvaterra é médica oftalmologista em Luanda. Em entrevista, falou-nos do seu percurso profissional, entre outros assuntos.
Conte-nos a sua história, desde que abraçou a oftalmologia.
Foi uma história muito desafiante, porque quando se opta por esta área há um desconhecimento total da imensidão de saber que é necessário dominar para o seu exercício. Embora considerada uma “especialidade menor”, ela exige um profundo conhecimento da medicina, pois fazendo jus ao dito popular “que o olho é a janela do corpo”, verifica-se realmente que a nível ocular e particularmente da retina, pode observar-se a impressão de quase todas as patologias. Assim foram anos de muito estudo, e de muito sacrifício.
A que área da oftalmologia se dedica mais?
A área de trabalho a que mais me dedico é o glaucoma, uma patologia frequente e de curso dramático entre nós. Considerada a principal causa de cegueira irreversível a nível mundial, devido à sua evolução silenciosa e assintomática, constitui uma das principais causas de consulta dos nossos pacientes que quase sempre chegam em estado avançado ou terminal.
Trabalha em hospital público ou privado? Quais são as diferenças que existem entre estas duas realidades?
O Instituto Oftalmológico Nacional (IONA) é o meu local de trabalho diário. É uma instituição pública de nível terciário com vocação docente e assistencial. A formação de novos médicos especialistas é a principal prioridade, bem como a formação dos componentes de uma equipa médica de oftalmologia (enfermeiros especializados em oftalmologia, optometristas, óticos). O exercício da atividade privada só é permitido depois do cumprimento do horário do hospital público. São realidades diferentes, não só pelo volume, como também pelo tipo de patologia atendida.
Saiba mais em breve.
28 Setembro 2017
Entrevistas