José de Mello Saúde atribui 115 mil euros em bolsas de doutoramento
A José de Mello Saúde atribui, pelo quarto ano consecutivo, cinco bolsas de doutoramento em medicina, no valor de 100 mil euros, um investimento em formação médica sem paralelo em Portugal que este ano se estende à enfermagem, com a atribuição de mais três bolsas nesta área, no valor de 15 mil euros.
A entrega das bolsas teve lugar no dia 3 de julho no Centro Cultural de Belém numa cerimónia presidida pelo Comissário Europeu da Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas.
Para Salvador de Mello, presidente do conselho de administração da José de Mello Saúde, “o investimento no ensino e formação, na investigação clínica e na cooperação com as instituições universitárias devem ser prioridades estratégicas para o desenvolvimento da atividade de prestação de cuidados de saúde”.
“Queremos continuar a apostar numa investigação clínica que está ao serviço dos cuidados de saúde que prestamos nas nossas unidades, quer na rede CUF, quer nos hospitais que gerimos em parceria público-privadas, como Braga e Vila Franca de Xira, e que traga inovação e avanços no tratamento dos doentes”, acrescenta Salvador de Mello.
Na área de oftalmologia, Arnaldo Santos Dias, oftalmologista do Hospital CUF Descobertas, vê o seu projeto “Manifestações oftalmológicas no lupus eritematoso sistémico: epidemiologia e neurodegeneração” ser também distinguido com uma das bolsas.
O lupus eritematoso sistémico é uma doença autoimune que pode afetar diversos órgãos, incluindo o olho. Vários estudos sugerem a existência de um processo neurodegenerativo progressivo associado à inflamação crónica que existe nesta doença.
A tomografia de coerência ótica é um exame oftalmológico recente que permite o estudo pormenorizado do nervo ótico e das várias camadas da retina, funcionando como um biomarcador precoce de neurodegeneração.
Este projeto premiado visa estudar as complicações oftalmológicas da doença e identificar sinais precoces de neurodegeração, de forma a possibilitar um controlo e monitorização mais rigorosos da doença e eventual identificação de novos alvos/estratégias terapêuticas.
3 Julho 2018
Atualidade