“Os optometristas devem ser regulados, mas não podem aspirar a ser médicos”
Augusto Magalhães e Manuel Monteiro Grillo prestaram-nos os seus depoimentos acerca das últimas pressões mediáticas que se têm disputado entre os optometristas e os médicos oftalmologistas. Estes dois médicos oftalmologistas defendem que “os optometristas devem ser regulados, mas não podem aspirar a ser médicos e muito menos médicos especialistas”.
OftalPro: Será esta uma “batalha” desnecessária entre os médicos oftalmologistas e os optometristas?
Não há uma batalha. Os oftalmologistas defendem a qualidade e a responsabilidade. Em Portugal existem 2,13 oftalmologistas por 20.000 habitantes e o rácio recomendado internacionalmente é de 1 por 20.000. Faltam oftalmologistas apenas no SNS porque as políticas dos últimos governos têm empurrado os médicos para fora do sistema. Há que reformular políticas de forma a melhorar a motivação dos médicos para integrarem as carreiras públicas. Entendemos que os optometristas devem ser regulados, mas não podem aspirar a ser médicos e muito menos médicos especialistas.
OF: Quem poderia legislar uma cooperação entre estes profissionais?
A legislação é da responsabilidade da tutela. Em todo o caso, devem ser ouvidos os representantes de todos os grupos profissionais habilitados a exercer atos médicos e atos de saúde na área dos cuidados de saúde visuais. Assim, devem ser ouvidos a Ordem dos Médicos, nomeadamente através do Colégio de Especialidade, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia e a Associação de Ortoptistas de Portugal.
Entrevista completa na OftalPro 43.
23 Janeiro 2019
Oftalmologia