Florindo Esperancinha: Covid-19 e o impacto na oftalmologia
O médico oftalmologista Florindo Esperancinha partilha com a OftalPro quais são os impactos da pandemia Covid-19 no ramo da oftalmologia. “O maior impacto da pandemia tem a ver com os olhos serem porta de entrada para a infeção, o que obriga os profissionais a terem de criar condições na consulta que protejam da transmissão quer para o doente quer para o médico”.
Acrescenta que, neste sentido, “o médico tem que usar máscara, óculos protetores, luvas de acrílico e pelo menos uma bata impermeável durante a consulta e um fato de bloco em médicos de risco (mais de 60 anos) justifica-se; a lâmpada de fenda deve ter um protetor específico que proteja do contacto com a respiração do doente; entre um doente e outro deve ser feita a desinfeção de todo o equipamento, incluindo os sistemas informáticos e os telemóveis; a sala deve ter uma janela que permita o arejamento da mesma; a necessidade de fundoscopia deve ser feita preferencialmente com o binocular indireto; a medição da pressão intraocular só se deve fazer com pontas descartáveis na aplanação e nunca com o tonómetro de sopro”.
O médico oftalmologista diz ainda que “a conjuntivite por Covid-19 é clinicamente a manifestação ocular mais evidente e deve ser sempre enquadrada com outro tipo de sintomatologia, como a perda de olfato e alterações gustativas, chegando à abolição das mesmas numa fase inicial da doença; a presença de febre, dores musculares, tosse seca e dispneia são outros sintomas enquadradores”.
Opinião completa em breve.
5 Maio 2020
Oftalmologia