Glaucoma: terapia com genes poderá regenerar nervo ótico
Uma equipa de investigadores usou terapia genética para regenerar as fibras do nervo ótico danificadas, uma descoberta que poderá ajudar no tratamento do glaucoma, uma das principais causas de cegueira no mundo.
O estudo pré-clínico, liderado por Keith Martin, do Centre for Eye Research Australia e da University of Melbourne, e Richard Eva, Veselina Petrova e James Fawcett, do John van Geest Center for Brain Repair da University of Cambridge, foi publicado a 5 de novembro na Nature Communications.
A equipa verificou se o gene responsável pela produção de uma proteína conhecida como protrudina poderia estimular a regeneração das células nervosas e impedi-las de morrer quando danificadas. Usaram um sistema de cultura de células para produzir células cerebrais em laboratório e lesionaram-nas usando um laser antes de introduzir um gene para aumentar a quantidade de protrudina nas células.
Os testes com células do olho e do nervo ótico descobriram que a proteína permitiu uma regeneração significativa semanas após uma lesão por esmagamento do nervo ótico. A investigação demonstrou ainda uma “proteção” quase completa das células nervosas de uma retina de um rato crescendo numa cultura de células.
Keith Martin diz que os resultados são promissores. “No passado, parecia impossível que seríamos capazes de regenerar o nervo ótico, mas esta pesquisa mostra o potencial da terapia genética para tal”. Os próximos passos incidem na exploração da capacidade da protrudina em proteger e regenerar as células retinianas em humanos.
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11 Novembro 2020
Oftalmologia