Novembro é o mês da prevenção da Diabetes

“Se não for agora, quando será?” é o tema mundial para o próximo triénio da uma campanha que visa lutar pelo “acesso ao tratamento da diabetes”. A campanha a nível nacional que evoca o Dia Mundial da Diabetes (14 novembro), junta a Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD) e a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), numa iniciativa que visa, entre outros fatores, melhorar o acesso a rastreios visuais de forma a combater a retinopatia diabética.
O Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes – “Diabetes: Factos e Números”, apresentado pela SPD, relativo à informação disponível em Portugal sobre a Diabetes nos anos de 2016 a 2018 mostra o “aumento exponencial desde 2009” no número de pessoas com Diabetes “abrangidas pelos Programas de Rastreio da Retinopatia Diabética”. No entanto, o estudo ressalva que este número “abrange apenas ¼ da população com diabetes inscrita nos CSP em 2018”.
Segundo o mesmo relatório, em 2018 registaram-se cerca de 218 mil rastreios no Serviço Nacional de Saúde (SNS) o que se traduz numa taxa de rastreio populacional de 25%, com a percentagem de casos para tratamento a atingir os 4%.
Ainda a nível nacional, a APDP mostrou-se inquieta com os “cuidados da visão na diabetes”, com estes a serem “subvalorizados” e a necessitarem de uma “atenção especial”.
O alerta surgiu no Dia Mundial da Visão, que se comemorou em outubro passado (14), com a Associação a entender como prioritários a “urgência de retomar os rastreios da retinopatia diabética e os tratamentos necessários” e, por outro, a “necessidade de detetar atempadamente os casos de baixa visão”.
A Associação salienta que “após 20 anos de evolução, constatamos que 90% das pessoas com diabetes tipo 1 e mais de 60% com tipo 2, sofrem desta condição. O mau controlo metabólico (glicemia e pressão arterial) constitui também um fator de risco para o aparecimento da retinopatia”.
2 Novembro 2021
AtualidadeOftalmologia