“A Oftalmologia em Portugal tem um padrão de qualidade superior à média dos países europeus e dos EUA”

Tiago Monteiro foi o primeiro oftalmologista em Portugal, a vencer o “Young Ophthalmologist Award”, e o Prémio por Implante de 500 lentes esféricas ICL para tratamento de Miopia. A OftalPro foi ao encontro do oftalmologista e cirurgião para falar sobre o percurso profissional, os prémios conquistados e sobre a oftalmologia em Portugal. Tiago Monteiro revela que tem a ambição de “ser melhor todos os dias” e poder “ajudar os doentes” é a sua maior satisfação.
Quando é que percebeu que queria ser oftalmologista?
Nos últimos anos do curso de Medicina decidi que queria ser cirurgião, oftalmologia era umas das opções e foi aquela que escolhi como primeira opção no momento das escolhas.
O que mais gosta de fazer no exercício da sua atividade profissional?
Ajudar os doentes e sentir-me realizado como médico. O mais importante é quando sentimos que conseguimos influenciar de forma positiva a vida dos doentes que nos procuram.
Há algum número que gostasse de alcançar no futuro?
Aquilo que gostaria de alcançar é a capacidade de poder tratar todos os doentes da área da cirurgia de segmento anterior (Córnea, Catarata e Implanto-Refrativa) a que me dedico com os melhores padrões de qualidade e excelência. Neste momento coordeno no Hospital de Braga um Departamento de Segmento Anterior com quatro elementos. Somos um centro de referência nacional em determinadas áreas cirúrgicas como o tratamento cirúrgico do Queratocone e a cirurgia de implante de Lentes Fáquicas. O nosso objetivo é expandir essa diferenciação a outras áreas cirúrgicas, nomeadamente à área da transplantação de córnea.
Na sua opinião, que momento vive a oftalmologia em Portugal?
A Oftalmologia em Portugal tem um padrão de qualidade superior à média dos países europeus e dos Estados Unidos da América. Viajo muito em trabalho, contacto com realidades socioeconómicas e culturais distintas e a ideia que tenho é que estamos num patamar muito elevado de excelência clínica.
Qual a mensagem que gostaria de deixar aos jovens colegas?
Que apostem na sua formação científica e cirúrgica nos primeiros anos de internato, frequentar estágios internacionais em áreas especificas de subespecialidade e motivarem-se para exercer uma diferenciação numa área clínica específica. O outro grande conselho é que publiquem e apresentem o que fazem durante toda a carreira médica; a publicação clínica em revistas indexadas é uma forma de auditoria pessoal de cada um de nós e um reconhecimento nacional e internacional.
Entrevista completa na Oftlapro 54.
13 Janeiro 2022
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