Baixa Visão: “laboratório-apartamento” promove tarefas domésticas
Salomé Gonçalves, médica oftalmologista e coordenadora do laboratório, explica que a ideia surgiu com a subida do número de casos de cegueira e de baixa visão. A causa do aumento? O maior rastreio. “Apesar de serem doenças tardias, os casos de cegueira e baixa visão são diagnosticados cada vez mais cedo – tem sido feito um esforço para aumentar o número de rastreios. Além disso, e nos últimos anos, a população residente em Portugal aumentou e, só por isso, o número de casos das patologias costuma subir”, explica a especialista.
Salomé Gonçalves relembra ainda que as pessoas com problemas graves de visão são, habitualmente, “muito dependentes dos apoios sociais, para realizarem as suas atividades diárias” e isso “custa-lhes”. Por isso, “darmos autonomia às pessoas é o nosso principal objetivo”.
No laboratório, são ainda recebidas crianças, principalmente para treinarem competências de visão no âmbito da vida escolar. O tempo de intervenção não é linear, tanto pode ir das três às dez sessões: Salomé Gonçalves sublinha que o importante “é servir as pessoas, demore o tempo que demorar”.
*Fonte: RR
Foto: Alexandre Abrantes Neves
26 Outubro 2023
Estudos e Investigação