Descoberto mecanismo de plasticidade molecular na doença de Parkinson

Imagem da notícia: Descoberto mecanismo de plasticidade molecular na doença de Parkinson

Um estudo liderado pelo neurocientista Miguel Castelo-Branco, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), revela um mecanismo surpreendente de reorganização funcional do cérebro na fase inicial da doença de Parkinson.

Publicado na prestigiada PNAS – Proceedings of the National Academy of Sciences, revista da Academia Americana de Ciências, o estudo, realizado com a colaboração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), teve como objetivo avaliar a capacidade de reorganização do cérebro na fase inicial de uma doença neurodegenerativa, a doença de Parkinson, e insere-se numa estratégia de estudar a capacidade que o cérebro tem de se readaptar ao longo da vida na saúde e na doença.

Para tal, a equipa, que também integra investigadores do Coimbra Institute for Biomedical Imaging and Translational Research (CIBIT) e do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), combinou de forma única um conjunto de métodos funcionais e moleculares de imagem que permitissem avaliar os movimentos oculares, uma função que na doença de Parkinson está alterada muito precocemente, dos participantes no projeto durante a realização de tarefas muito simples.

O resultado deste estudo, afirma Miguel Castelo-Branco, é surpreendente “porque a plasticidade foi demonstrada a nível funcional e molecular no cérebro adulto, que se pensa ter menor plasticidade que o cérebro jovem. Para além do mais, este efeito foi observado numa fase inicial de uma doença neurodegenerativa, a doença de Parkinson. Isto mostra as reservas de compensação que o nosso cérebro tem, mesmo na adversidade”.

5 Fevereiro 2021
Atualidade

`

Notícias relacionadas

Os desafios “Do Olhar ao Sorriso – Uma Visão Integrada”

A Associação Nacional de Esterilização (ANES), em parceria com a Universidade Católica Portuguesa, promoveu a 18 de outubro, em Lisboa, o seminário dedicado às boas práticas no reprocessamento de dispositivos médicos de uso múltiplo (DMUM), com enfoque nas áreas da oftalmologia e medicina dentária.

Ler mais 3 Novembro 2025
Atualidade

NMS lidera rede internacional de combate a doenças da retina

A professora e investigadora Sandra Tenreiro, da NOVA Medical School (NMS), foi nomeada Chair da Retina4Future, uma nova rede internacional de investigação colaborativa que pretende acelerar a transformação do conhecimento científico em soluções práticas para o diagnóstico e tratamento das doenças da retina, avança a Faculdade.

Ler mais 29 Outubro 2025
Atualidade