Degeneração Macular: sinais podem ser identificados antes que a visão se deteriore

Uma equipa de pesquisa liderada pela Universidade de Southampton – em associação com o King’s College London e Moorfields Eye Hospital – analisou os registos de mais de 30 mil pacientes com exames de retina e dados genéticos armazenados no Biobank do Reino Unido.

O estudo mostra que existem “34 fatores de risco genéticos conhecidos para degeneração macular relacionada à idade (DMRI)” e os cientistas foram capazes de “comparar as medições da retina daqueles com fatores de risco àqueles sem.

As descobertas, publicadas na revista Scientific Reports, mostraram que os participantes com olhos saudáveis ​​e sem histórico de DMRI tinham retinas mais finas se carregassem os genes que os colocam em risco.

Pesquisas anteriores não explicaram totalmente quais as células oculares afetadas primeiro pela DMRI. Um exame mais aprofundado da retina no Biaobank mostrou que “os fotorreceptores, que detetam a luz nos olhos, também eram mais finos para pacientes com fatores de risco genéticos”.

Embora estudos adicionais ainda sejam necessários para identificar um tratamento, o estudo aponta que a capacidade em “identificar os sinais da DMRI mais cedo” permitiria aos indivíduos “fazer mudanças no estilo de vida que podem colocá-los num risco menor de perder a visão mais cedo”.

“Mudar para uma dieta no estilo mediterrâneo, praticar mais exercícios e parar de fumar pode ajudar a prevenir a progressão da doença”, acrescentou Andrew Lotery, professor de oftalmologia da Universidade de Southampton, que liderou o estudo. “Essas descobertas também podem nos ajudar a selecioanar os participantes em futuros ensaios clínicos para que possamos incluir os pacientes que correm maior risco”, acrescentou.

27 Dezembro 2021
AtualidadeOftalmologia