Cirurgia de catara mostra melhorias significativas

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O relatório, que analisou 36.711 cirurgias, realizadas em 28.689 doentes, mostra que houve uma melhoria consistente ano após ano, com uma redução das complicações pós-operatórias, que se encontram agora abaixo dos valores registados pelo Registo Europeu de Resultados da Cirurgia da Catarata (EUREQUO).

Dos doentes submetidos a cirurgia, “apenas 7,8% reportou sentir ainda mais dificuldades no seu dia a dia associadas à visão e 1,7% reportou não sentir quaisquer diferenças”, diz o relatório.

Quanto às grandes melhorias registadas após a cirurgia de catarata, o relatório menciona as melhorias relacionadas com a acuidade visual, destacando-se a leitura de perto e de longe (ler textos; ver preços no supermercado; ler legendas na TV). Os doentes descrevem também uma significativa diminuição nas dificuldades em realizar tarefas do quotidiano e satisfação com a visão.

Sobre as características sociodemográficas dos doentes submetidos a cirurgia, o relatório diz que “vão de encontro ao esperado”, com a idade média a rondar os 73 anos e com 62% dos doentes do sexo feminino.

No que diz respeito ao número de cirurgias realizadas, o ULS Coimbra lidera a tabela com maior número de cirurgias, seguindo-se o ULS Estuário do Tejo e a CUF HDSC. Em último lugar da tabela está a ULS Braga, com apenas 290 cirurgias realizadas.

No relatório destaca-se, também, a utilização de lentes intraoculares (multifocais e tóricas) premium nas cirurgias, com o uso destas lentes em Portugal em linha com o contexto europeu. Contudo, nota-se uma discrepância entre o seu acesso no setor público e privado.

Segundo o relatório, a “implantação de lentes multifocais e/ou tóricas nas instituições públicas de saúde é ditada por critérios clínicos e orçamentais mais restritos”, daí que o seu uso nas cirurgias possa ser mais reduzido.

6 Dezembro 2024
Estudos e Investigação

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