Há esperança na investigação sobre o glaucoma
								O tratamento mais comum para o glaucoma é a prescrição de colírios, que ajudam o olho a drenar o líquido e a reduzir a pressão ocular. Dependendo do tipo e da gravidade do glaucoma, o laser ou a cirurgia tradicional são outras opções. Os novos estudos apresentados centram-se no aperfeiçoamento dos tratamentos atuais, incluindo a comparação de diferentes níveis de energia laser para determinar quais são os mais eficazes para reduzir a pressão ocular e melhorar os resultados a longo prazo.
Outra investigação explorou formas de proteger e possivelmente regenerar células nervosas danificadas, oferecendo esperança de abrandar ou inverter a perda de visão. A IA também está a revelar-se uma ferramenta poderosa na investigação do glaucoma. Os oradores mostraram que a IA tem sido utilizada para analisar imagens pormenorizadas do nervo ótico para identificar padrões de danos no nervo e de perda de visão, conhecimentos que podem ser especialmente úteis para compreender o glaucoma avançado. Algumas ferramentas até fazem o rastreio do glaucoma através da análise de fotografias “normais” da parte de trás do olho, mesmo as tiradas com telemóveis.
Os cientistas que investigam as ligações entre o glaucoma e outros problemas de saúde apresentaram as suas descobertas sobre vias biológicas comuns que poderão explicar por que razão certas pessoas são mais suscetíveis. Um dos estudos revela que o glaucoma de ângulo aberto (OAG, na sigla em inglês) partilha potencialmente causas semelhantes com a demência, especialmente em pessoas que têm OAG e diabetes tipo 2. Este facto realça a importância de uma abordagem global do corpo na gestão da saúde ocular.
Outra área de estudo em destaque foca-se no envelhecimento do olho e na forma como este pode aumentar o risco de glaucoma. Com os cientistas a desenvolverem novas formas de visualizar os danos causados pelo glaucoma, um grupo que se apresentou na Reunião Anual mostrou o primeiro mapa 3D pormenorizado da cabeça do nervo ótico, a área danificada pelo glaucoma. O mapa será valioso para comparar olhos doentes e saudáveis, possivelmente conduzindo a melhores estratégias de diagnóstico e tratamento.
Leia mais sobre a edição da ARVO na revista OftalPro 68.
								8 Setembro 2025
								Oftalmologia