Morreu Stephen Hawking, “um comunicador de ciência”
Além de um grande físico, Stephen Hawking foi um grande comunicador de ciência. “Provavelmente um dos mais importantes que o mundo conheceu”, frisa António Granado, professor e coordenador do mestrado em Comunicação de Ciência da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Segundo a revista Sábado, “muitos alunos do mestrado leram os livros do Stephen Hawking e consideram-no incontornável na área da divulgação científica. Os livros dele, como o Uma Breve História do Tempo, marcaram uma geração inteira”, salienta Granado. O físico britânico foi ainda autor de O Universo Numa Casca de Noz, A Teoria de Tudo, e vários livros infantis como George e a Caça ao Tesouro Cósmico (em co-autoria com a filha Lucy), entre muitos mais. “Ele soube divulgar alguns dos aspectos mais complexos do universo ao público em geral”, afirma.
“Quando falamos de grandes divulgadores, lembramo-nos logo de Física”, sublinha António Granado. “Stephen Hawking e Carl Sagan configuram-se como grandes divulgadores na mesma área científica. A Física tem dos mais interessantes divulgadores de ciência do mundo. Em Portugal acontece o mesmo, com Carlos Fiolhais”. Hawking contribuiu “para que a população fosse informada”. “As pessoas mais informadas são, afinal, as que conseguem tomar as decisões mais importantes para a democracia”, conclui o professor universitário.
Stephen Hawking (1942-2018) deixou-nos esta terça-feira. Hawking foi um dos mais reconhecidos físicos do século XX. A luta contra a doença Esclerose Lateral Amiotrófica, que o acompanhou durante quase toda a sua vida, tornou-o uma fonte de inspiração para milhões de pessoas.
14 Março 2018
Atualidade