“Presente e Futuro das Lentes Monofocais Avançadas”
Artigo de opinião de José Salgado Borges, MD, PhD, FEB ODiretor da Clinsborges e Embaixador em Portugal do TFOS (Tear Film & Ocular Surface Society). www.clinsborges.pt www.salgadoborges.com
A catarata é uma doença ocular progressiva e prevalente na população. Pode levar a um comprometimento visual debilitante, sendo atualmente uma das principais causas de cegueira reversível. As cataratas não tratadas levam a má saúde mental, deficiente qualidade de vida e aumento do risco de acidentes, contribuindo para um impacto socioeconómico elevado.
Pelo contrário, a remoção da catarata com implantação da lente intraocular (LIO) melhora o bem-estar, funcionamento e a qualidade de vida do doente. Estas são considerações importantes para determinar o momento ideal para encaminhar o doente para cirurgia de catarata, associadas à correção e melhoria da acuidade visual.
As LIO monofocais, atualmente disponíveis e utilizadas por rotina no tratamento da catarata, são concebidas para corrigir apenas a visão ao longe, e como tal não melhoram a visão intermédia, necessária para a realização de muitas tarefas quotidianas importantes tais como subir e descer escadas, caminhar sobre pisos irregulares, trabalhar com aparelhos digitais, condução ou trabalho doméstico como cozinhar (Fig.1).
Ao melhorar significativamente a visão intermédia, as LIOs Monofocais Avançadas representam uma importante mudança de paradigma no tratamento habitual da catarata, proporcionando aos doentes e aos profissionais de saúde acesso a uma tecnologia inovadora, que permite ajudar a diminuir a dificuldade com algumas atividades quotidianas e assim reduzir ao mesmo tempo o impacto nos sistemas de cuidados de saúde.
Vários estudos publicados nos últimos 4-5 anos relatam que os pacientes a quem foram implantadas, por exemplo, LIOs TECNIS Eyhance® e Isopure 123® atingem uma maior independência do uso de óculos para tarefas visuais em distâncias intermédias e uma incidência de fenómenos fóticos indesejados comparáveis a uma monofocal convencional, sem qualquer compromisso da acuidade visual ao longe e da qualidade visual percetível.
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Foto: Esfera das Ideias
20 Outubro 2022
OftalmologiaOpinião