Tiróide, a doença auto-imune que pode provocar perda de visão

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A orbitopatia tiroideia é a causa mais comum de doença orbitária na população adulta com a grande maioria dos casos a evoluir de forma leve, caracterizada por períodos de maior ou menor inflamação, evoluindo para uma fase cicatricial.

Ao portal “Notícias de Coimbra”, Ana Magriço, da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), explica a relação entre a disfunção da tiroide e perda potencial de visão, visto que “neste caso, são as armas produzidas contra a tiróide que, além de provocarem uma alteração no seu funcionamento – o que resulta em alterações na produção das hormonas tiroideias (nomeadamente hipo ou hipertiroidismo) – atacam também a órbita, já que, a nível molecular, tem estruturas parecidas”.

A órbita que é a “cavidade óssea onde está alojado o olho rodeado de gordura, músculos, vasos e nervo. sendo alvo deste autoataque, fica inflamada”. Esta inflamação, acompanhada por “inchaço num espaço ósseo que não distende, pode ter consequências graves para a função visual, culminando numa perda de visão com atrofia óptica”.

Para Ana Magriço “o doente, além dos sintomas provocados pelas alterações das hormonas tiroideias, que podem passar por suores, aumento da frequência cardíaca, perda de peso, insónia, pode apresentar sinais de envolvimento orbitário, nomeadamente: olhos vermelhos, esbugalhados, ver duas imagens ou ter a sensação de areia intraocular; são sinais que não devem ser subvalorizados e que podem ser o primeiro alerta de uma doença da tiroide e ocular que carece de avaliação urgente.”

A condição visual pode evoluir para diplopia (dupla visão), glaucoma e perda de visão, sendo assim, importante a “avaliação” por uma “equipa multidisciplinar”, por um oftalmologista e endocrinologista, para o “controlo das alterações hormonais, dos fatores de risco (fundamental a cessação tabágica) e do atingimento ocular para minimizar as sequelas a longo prazo”.

1 Junho 2021
AtualidadeOftalmologia

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