Médicas oftalmologistas alertam para doença de LHON
Ana Fonseca, oftalmologista do Centro Hospitalar de Lisboa Norte e uma das palestrantes do simpósio sobre o tema, realizado no decorrer do 61º Congresso Português de Oftalmologia, confirma que “é muito pesado” informar alguém que possui Neuropatia Ótica Hereditária de Leber (LHON) e chama à atenção para a importância do diagnóstico precoce.
A doença de LHON é uma doença genética mitocondrial, com transmissão de mãe para filhos. No entanto, os hábitos de vida podem ter aqui o seu impacto.
“Existe uma teoria de que nos doentes que se apresentam muito precocemente, na adolescência, a doença é fundamentalmente genética. Ou seja, a carga genética é tão pesada que a doença se vai manifestar, havendo ou não fatores de risco de estilo de vida”, explica Ana Fonseca.
“Nos doentes que se apresentam mais tarde na vida, é o componente tóxico que faz com que a doença genética se manifeste”. “É fundamental, por isso, começar a terapêutica o mais cedo possível, porque quanto mais cedo for iniciada, melhor o prognóstico”.
Valerie Touitou, especialista em neuroftalmologia do Hôpital Pitié-Salpêtrière, outra das oradoras do simpósio, teve a seu cargo a apresentação das opções de tratamento para esta doença e o que o futuro reserva.
“Já demos passos muito importantes, com a aprovação, em 2015, do único medicamento capaz de tratar LHON”, refere, salientando um passo que considera “fantástico”. Mas outros poderão vir em breve.
18 Dezembro 2018
Oftalmologia