“É urgente valorizar as carreiras médicas no SNS tornando-as atrativas”

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A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) recorda a existência de mais de 53 mil utentes à espera de uma cirurgia oftalmológica no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Rufino Silva, presidente da SPO, ajuda-nos a entender mais a fundo o que está em causa para os pacientes, para o SNS e para a oftalmologia.

Foi referido recentemente que há mais de 53 mil utentes à espera de uma cirurgia oftalmológica no Serviço Nacional de Saúde. Qual é o balanço possível neste momento?

A especialidade de Oftalmologia tem neste momento, na maioria dos serviços do SNS, tempos de espera para cirurgias semelhantes aos de pré-pandemia. São poucos os doentes que ultrapassaram os tempos definidos e estão geralmente circunscritos a situações em que o doente por razões diversas não foi operado no âmbito do programa SIGIC. De facto, o esforço feito a nível nacional, que incluiu programas adicionais que ainda se mantêm, tem permitido fazer uma recuperação notável quer a nível das cirurgias quer das consultas. Há mesmo hospitais com atividade superior a 2019.

Rufino Silva, presidente da SPO

“O modelo atual baseia-se apenas na quantidade de atos médicos realizados não considerando o que realmente interessa que é o acesso atempado ao ato médico, a sua qualidade, o benefício real para o doente e a perceção que o doente tem desse mesmo benefício.”

De que forma a SPO olha para estes problemas e que soluções tenta encontrar?

É urgente valorizar as carreiras médicas no SNS tornando-as atrativas. É urgente pôr no terreno um plano de referenciação nacional, que apesar de já ter sido entregue no Ministério, por diversas vezes, nunca foi posto em ação. E é urgente passar a informação à população de que há sintomas relevantes que não podem ser descurados…”.

A entrevista na íntegra, está disponível para leitura na revista OftalPro 54.

27 Janeiro 2022
AtualidadeEntrevistasOftalmologia

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