Saúde mental da Geração Z: o impacto da tecnologia e das redes sociais
Uma nova pesquisa do McKinsey Health Institute conclui que o envolvimento da Geração Z com as redes sociais pode parecer negativo, mas também pode ajudar a encontrar apoio e conectividade para a saúde mental. Mais de 50 por cento de todos os grupos citaram a autoexpressão e a conectividade social como aspetos positivos das redes sociais.
A “Pesquisa Global Gen Z 2022” do McKinsey Health Institute (MHI) fez perguntas a mais de 42.000 pessoas em 26 países de todos os continentes, com base nas quatro dimensões da saúde: mental, física, social e espiritual1. O MHI analisou então as diferenças e semelhanças entre gerações e países, na esperança de informar o diálogo mais amplo em torno da saúde mental da Geração Z.
Assim como muitos relacionamentos que uma pessoa pode ter entre os 18 e 24 anos, o relacionamento que um jovem tem com as redes sociais pode ser complicado. Não importa onde vivam, os entrevistados num novo inquérito global afirmaram que a utilização das redes sociais pode levar ao medo de ficar excluído de algo (FOMO) ou à má imagem corporal, mas também pode ajudar nas ligações sociais e na autoexpressão.
Mais de 75 por cento dos entrevistados em todas as faixas etárias disseram que usam e consultam sites de redes sociais pelo menos 10 minutos por dia.
Os membros da Geração Z, em média, são mais propensos do que outras gerações a citar sentimentos negativos em relação às redes sociais2. Eles também são mais propensos a relatar problemas de saúde mental. Mas correlação não é causalidade, e os dados do estudo indicam que a relação entre o uso das redes sociais e a saúde mental é complexa. Uma surpresa: o envolvimento das gerações mais velhas com estas plataformas está no mesmo nível da Geração Z.
Por exemplo, os Baby Boomers de oito dos 26 países analisados relatam que passam tanto tempo nas redes sociais como os da Geração Z, sendo os Millennials (ou Geração Y) os mais propensos a publicar. E embora os impactos negativos das redes sociais tenham sido relatados em todos os grupos, os efeitos positivos foram ainda mais comuns – mais de 50 por cento de todos os grupos citaram a autoexpressão e a conectividade social como aspetos positivos das redes sociais.
7 Dezembro 2023
Estudos e Investigação