Ana Rita Laiginhas partilha dicas sobre como ser médica-investigadora
Residente em Miami, Estados Unidos da América (EUA), Ana Rita Laiginhas é membro do Comité da Association for Research in Vision and Ophthalmology (ARVO) Member-in-Training (MIT).
Nesta rubrica da publicação online da Academia Americana de Oftalmologia, Rita Laiginhas revela que ao “iniciar a sua carreira, a ideia de lidar com a investigação, as responsabilidades clínicas e a sua vida pessoal” parecem “perto do impossível”.
A investigadora confidencia que ser uma médica-cientista é a “definição perfeita de uma relação antiética: como médica, quero aplicar competências clínicas estabelecidas; como investigadora, quero perturbar a prática clínica melhorando os tratamentos existentes e descobrindo novas terapias”, deixando no ar a questão: Então, como se alcança o sucesso nestes mundos opostos?
Para se tornar um médico-investigador de sucesso, a investigadora portuguesa considera ser necessário que se “escolha algo que apaixone”, de “encontrar um grande mentor”, “ser curioso e resiliente” e “juntar-se a uma associação ou comité que apoia investigadores que iniciam as suas carreiras”.
Rita Laiginhas admite que a ARVO foi “uma grande força motriz”, já que ofereceu “várias oportunidades educacionais sobre doenças relacionadas com os olhos, investigação clínica, revisões de literatura, ética, e escrita de subsídios”, sem esquecer o contributo dos seus dois mentores, entre eles, o também português Manuel Falcão Reis pela inspiração e pela coragem que serviram de impulso a tornar-se médica-investigadora.
Bolseira de investigação na clínica de retina na Universidade de Miami/Bascom Palmer Eye Institute, Miami, Ana Rita Laiginhas é também residente sénior portuguesa de oftalmologia e doutoranda em investigação clínica e serviços de saúde na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal.
5 Maio 2021
AtualidadeOftalmologia
